Iniciativa que colocou
Londrina entre os municípios pioneiros na luta pelo desarmamento da população,
a lei municipal nº 9.188/2003, que proíbe a venda de armas de brinquedo e prevê
a entrega do selo "Arma não é brinquedo... dê abraços!" a lojistas da
cidade mereceu espaço no livro "Armas Para Quê?", do sociólogo Antônio Rangel
Bandeira, que acaba de ser lançado pela editora Leya. Um vídeo do autor, em que
fala sobre a obra e sobre a importância da iniciativa londrinense, será exibido
nesta quinta-feira (21) na Câmara de Vereadores, durante a cerimônia de entrega
do selo "Arma não é brinquedo" a 45 comerciantes da cidade, durante o
encerramento da a 2ª Semana Municipal de Justiça Restaurativa. O evento será
realizado às 14h30, durante a sessão ordinária do Legislativo.
No livro de 416 páginas,
Antônio Rangel Bandeira reúne 20 anos de experiência e de estudos sobre o uso e
comércio de armas de fogo no País e seus efeitos. Na condição de quem foi
instrutor de armas do Exército na juventude e coordenador da campanha de desarmamento
no Brasil que resultou no Estatuto do Desarmamento, em 2003; o sociólogo
defende que crianças brinquem com jogos pacíficos e não com imitações de armas
letais. Ao apresentar a obra, a editora a define como um guia indispensável
para entender os números sobre o controle de armas no Brasil e no mundo e o
que deu ou não deu certo na defesa da vida.
Em capítulo do livro que
trata do Desarmamento Voluntário e Referendo (Parte 8, páginas 277 e 278), um
trecho específico sobre o desarmamento infantil traz o resumo do processo de
mobilização em Londrina que resultou na lei municipal 9.188/2003. Sob
coordenação da Câmara Municipal, em parceria com a sociedade civil e movimentos
que iniciavam no País as discussões sobre a cultura de paz, a iniciativa à época
das vereadoras Sandra Graça e Márcia Lopes inseriu o município na vanguarda do
movimento, inspirando legislações semelhantes em Brasília (setembro de 2013),
São Paulo (janeiro de 2014) e Rio de Janeiro (junho de 2015). No ano de 2011 o
texto da lei londrinense foi alterado para a criação do selo de adesão à
campanha "Arma não é brinquedo".
Exemplo a ser conhecido - Os
participantes da cerimônia na Câmara, nesta quinta-feira, terão a oportunidade
de ouvir um depoimento em vídeo, especialmente gravado para o evento, pelo
sociólogo que inseriu o exemplo de
Londrina na obra. Antônio Rangel Bandeira admite que as ações aqui registradas
o entusiasmaram, e lembra que o estímulo a brincadeiras que não fazem apologia
à violência desperta nas crianças o que elas têm de melhor. "São uma forma de
incentivar nas crianças a criatividade, a tolerância e o companheirismo, e não
treiná-las para um mundo bárbaro, selvagem, de uso de armas contra seu
semelhante. O exemplo de Londrina tem que ser melhor conhecido", defende o
autor.
Além
dos comerciantes que receberão o selo "Arma não é brinquedo... dê
abraços!" ou irão renovar a certificação durante o evento, foram convidados os
representantes das secretarias municipais de Fazenda e de Educação, do Conselho
Municipal de Cultura de Paz (Compaz) e Organização Não Governamental (ONG)
Londrina Pazeando, do 5º Batalhão da Polícia Militar (5º BPM), Polícia Civil,
Guarda Municipal, Vara da Infância e da Juventude, Associação Comercial e
Industrial de Londrina (ACIL) e escolas municipais, além de outras entidades da
sociedade civil. Atualmente cerca de 80 lojistas - considerando as
certificações deste ano participam da campanha na cidade. A cerimônia é
aberta à participação da comunidade, com transmissão ao vivo por meio do
site www.cml.pr.gov.br ou pelo canal Câmara Londrina no Youtube.
Serviço: Mais informações sobre este assunto com a equipe do
Setor de Jornalismo da Assessoria de Comunicação da Câmara, pelos fones
3374-1326 e 3374-1327 e com Luiz Claudio Galhardi, diretor do Conselho
Municipal de Cultura de Paz (Compaz) e gestor administrativo do Movimento Pela
Paz e Não-Violência (Londrina Pazeando), fone (43) 99996-1283.
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LONDRINA ASCOM
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